Pacientes do Distrito Federal que sofrem de fibrilação atrial- um dos tipos mais comuns de arritmia cardíaca- contam, a partir de agora, com uma técnica cirúrgica menos invasiva e mais eficiente para tratamento da doença, graças a convênio firmado pela Secretaria de Saúde com uma empresa privada.
"Com esse contrato, estamos acrescentando mais um serviço de alta complexidade à rede pública do DF, o que vai beneficiar muitas pessoas", ressaltou hoje o secretário de Saúde, Rafael Barbosa, ao anunciar o início da oferta da chamada ablação cirúrgica na rede pública.A técnica -com taxa de cura que pode chegar a 82%- utiliza cateteres para cauterizar os focos da arritmia no paciente, o que dispensa a abertura do tórax e possibilita uma recuperação mais rápida, com previsão de alta em até 48 horas.
Segundo a coordenadora de Cardiologia da SES, Edna Marques, cerca de 600 pacientes fazem tratamento para fibrilação atrial no Hospital de Base, e, atualmente, 98 deles têm indicação cirúrgica.
A fibrilação atrial é uma frequência cardíaca irregular e frequentemente muito rápida, que pode causar sintomas como palpitações, fadiga e falta de ar.
É importante tratar a fibrilação atrial, pois ela pode causar AVC ou insuficiência cardíaca e baixar a qualidade de vida dos pacientes, uma doença que pode ser tratada com medicação, cardioversão (um tipo especial de choque elétrico) e com a ablação.
O risco de uma pessoa apresentar fibrilação atrial aumenta com a idade, e, segundo especialistas, após os 50 anos, quatro em cada seis pessoas podem ter esse tipo de arritmia.
Mais emfermeiros
A rede pública de saúde do Distrito Federal recebeu ontem mais 242 enfermeiros que atuarão, principalmente, nas emergências e UTIs, e, com essas novas nomeações, chega a quase 13 mil o número de novos servidores no sistema desde o ínicio desta gestão.
"Essa é uma vitória do povo do DF, e esses novos funcionários ajudarão a recuperar a nossa saúde e darão novo ânimo à área", destacou o governador Agnelo Queiroz.
Durante a solenidade, foi anunciado que os profissionais poderão fazer 40 horas semanais.
"A carga horária será ampliada, e o enfermeiro poderá dobrar a jornada dependendo da necessidade do nosso sistema", explicou o chefe do Executivo regional.
Os investimentos na saúde desde o início deste governo chegam a R$5,8 bilhões com a compra de novos equipamentos, construção de novas unidades e reestruturação de todo o sistema.
"Não adianta investir apenas no físico se não tivermos profissionais suficientes para prestar um atendimento de qualidade e cada vez mais humanizado para a população que mais precisa", complementou Agnelo Queiroz.
O secretário de Administração Pública, Wilmar Lacerda, ressaltou que a atual gestão reduziu o número de cargos comissionados e, por isso, teve condições de convocar mais de 23 mil servidores -13 mil deles para a saúde.
"Nem mesmo o governo federal fez tantas nomeações em uma área. Sabemos das dificuldades para aprimorar o atendimento nas unidades de saúde, mas estamos nos esforçando", argumentou Lacerda.
Neste período em que a população tem saído às ruas para reivindicar melhorias em diversas áreas, o secretário de Saúde, Rafael Barbosa, ressaltou o empenho do GDF em aprimorar a prestação de serviços.
"Abrimos as portas das nossas unidades de saúde para boa parte desses manifestantes, e eles viram o empenho do governo em atender às principais demanda", destacou Barbosa, ao lembrar que algumas delas foram atendidas pelo GDF.
Michele do Rosário da Silva, uma das enfermeiras que tomou posse hoje, agradeceu o trabalho do governador para nomear os profissionais.
"Depois de anos de dedicação aos estudos, temos agora a missão de fazer uma enfermagem que queremos para nós e para os nossos", declarou.
Ainda neste mês, haverá novas nomeações de servidores para a saúde.
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